REVOLUÇÃO 1848 NA FRANÇA: A revolução irrompeu primeiramente na França, onde adeptos do sufrágio universal e uma minoria socialista, sob a liderança de Louis Blanc, conseguiram derrubar a monarquia de julho e criaram a Segunda República.
ANTECEDENTES: A partir de 1830, com o fortalecimento das tendências republicanas, a opinião pública europeia se radicalizou. O desenvolvimento industrial e o substancial crescimento do proletariado urbano francês entre 1830 e 1850, originaram novos problemas sociais. A situação dos operários era desesperadora. Em Lyon esta classe protagonizou mesmo alguns levantamentos, que foram, todavia, duramente reprimidos pelas autoridades. Depois destes levantamentos populares surgiram um pouco por toda a França sociedades secretas constituídas por operários, ligadas ao movimento republicano e ao movimento do socialismo utópico.
No período que mediou os anos 1845 e 1847 a França foi assolada por dois anos de más colheitas agrícolas, provocadas sobretudo pela praga da batata, que teve uma maior incidência neste país e na Irlanda. Em 1847 a situação agravou-se com uma crise econômica, traduzida na queda do valor dos salários e no encerramento de inúmeras unidades fabris. A instabilidade, no entanto, vinha de trás. Em 1848 a primeira revolta de caráter liberal na Europa foi a de rebeldes sicilianos.
O 18 DE BRUMÁRIO: Há exatamente 200 anos, o general Napoleão Bonaparte chegava ao poder na França, através de um golpe de Estado, assumindo o comando da França revolucionária.O famoso golpe do 18 Brumário foi articulado por setores da alta burguesia - os girondinos - junto ao exército, para por fim a instabilidade política reinante no país.
Desde 1794, após a derrubada de Robespierre, a burguesia havia retomado o controle da revolução, no entanto o novo governo - o Diretório - enfrentava sucessivas revoltas internas, organizadas por grupos populares de tendência jacobina, assim como a ameaça externa, representada principalmente pela Áustria.Os movimentos populares representavam uma ameaça direta aos privilégios burgueses, enquanto que a Áustria pretendia promover a restauração da velha ordem monarquista. Foi nesse contexto que desenvolveu-se o golpe: através da ação do exército, a burguesia buscou estabelecer no país um governo estável, forte, que eliminasse a possibilidade de participação política da plebe de Paris e de seus líderes "radicais". Somente um governo militarizado poderia garantir as conquistas burguesas da revolução.
Napoleão Bonaparte, líder do golpe, governaria a França por cerca de 15 anos, com um poder cada vez mais centralizado.
Essa situação não representava apenas uma ameaça ao poder da burguesia, mas principalmente às suas conquistas sociais e econômicas.
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