segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O pensamento econômico


A história do pensamento econômico pode ser dividida, grosso modo, em três períodos: Pré-moderno (grego, romano, árabe), Moderno (mercantilismo, fisiocracia) e Contemporâneo (a partir de Adam Smith no final do século XVIII). A análise econômica sistemática tem se desenvolvido principalmente a partir do surgimento da Modernidade.
Aristóteles foi provavelmente o mais importante filósofo. Os árabes medievais também fizeram contribuições para a compreensão da economia. Em particular, Ibn Khaldun de Tunis (1332-1406) escreveu uma teoria política e econômica em seu Prolegomena mostrando, por exemplo, como a densidade da população é relacionada com a divisão do trabalho, que leva ao crescimento econômico que, por sua vez, conduz a uma população maior, formando um círculo virtuoso.
Mais tarde os precursores do oeste da economia, engajaram-se nos debates da teologia escolástica durante a idade média. Um importante tópico de discussão foi a determinação do preço justo de um bem. Nas guerras religiosas seguindo a Reforma protestante no século XVI, ideias sobre livre comércio apareceram, mais tarde formuladas em termos legais por Hugo de Groot ou Grotius.
Ao longo da história do pensamento económico co-existiram varias diferentes linhas de pensamento, entre as quais podem ser listadas: a economia política clássica (corrente dominante no mundo anglo-saxão até o final do século XIX), a economia marxista, a escola neoricardiana, a escola keynesiana e a economia neoclássica. Esta última é a corrente hegemônica desde o final do século XIX na microeconomia e a partir da década 1980 na macroeconomia, mas pode ser dividida entre diferentes subcorrentes, como a escola Walrasiana, a escola de Chicago e a escola austríaca que está parcialmente dentro dessa corrente.
A moeda, por lhes parecer instrumento prático de justiça nas trocas e por lhes permitir avaliar bem o justo preço, atraiu, na época, a atenção geral. A moeda era coisa do rei e a ele cabia-lhe fazer com ela o que quisesse. Foi a partir do século XIII que as mutações monetárias começaram a ser mais frequentes. Os reis passaram a justificar essas mutações, do ponto de vista prático, equiparando-as a operações fiscais necessárias à boa marcha dos seus reinos. Tais razões passaram a ser discutidas quando, ao se desenvolver o comércio, se verificou representar a instabilidade da moeda um óbice à boa regularidade das transacções, que então se intensificavam. Inúmeros foram os escolásticos que se insurgiram contra o princípio das mutações monetárias.

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