segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O nacionalismo e as novas potências industriais


O NACIONALISMO: Um dos conceitos mais danosos que estigmatiza a Ummah do Profeta é o nacionalismo. Trata-se de um conceito perigoso que transformou a base emocional da Ummah e que visivelmente fortalece a divisão entre aqueles que dizem acreditar na mesma ideologia. Além do mais, os muçulmanos se identificam com os turcos, árabes, africanos e paquistaneses. Como se não bastasse, os muçulmanos também se subdividem dentro de cada país ou continente. Por exemplo, no Paquistão, as pessoas são classificafas como punjabs, sindis, balauchis e pathans. Esta fragmentação continua a ganhar importância entre os muçulmanos.
No passado, durante o domínio islâmico, a ummah muçulmana nunca se defrontou com este dilema. Jamais sofreu de desunião, de tão grande opressão, estagnação na ciência e tecnologia e, certamente, nunca nos defrontamos com conflitos internos como os que testemunhamos neste século, como, por exemplo, a guerra Irã-Iraque. Então, o que está errado com os muçulmanos deste século? Por que há tantas disputas   entre eles e por que estão sempre lutando uns contra os outros? O que causou esta debilidade e o que fazer para sair da presente estagnação?
São muitos os fatores que contribuíram para o presente estado de coisas, mas alguns dos principais são o descaso com o idioma árabe como a língua de compreensão correta do Islam, e a prática da Ijtihad, a absorção de culturas estrangeiras e o consequente abandono das crenças islâmicas, a perda gradual da autoridade central sobre algumas das províncias e a ascensão do Nacionalismo, a partir do século XIX.
O Nacionalismo não surgiu no mundo muçulmano naturalmente e nem veio como resposta ao  sofrimento vivido pelas pessoas, e nem devido à frustração que sentiram quando a Europa começou a dominar o mundo após a Revolução Industrial. Ao contrário, o nacionalismo foi implantado na mente dos muçulmanos através de um esquema bem montado pelos poderes europeus, após não conseguirem destruir o Estado Islâmico pela força.

A GUERRA CIVIL: Uma guerra civil é uma disputa hostil e armada entre pessoas de um mesmo país. Entretanto esta definição, embora também correta pode abranger também, outros conflitos entre os habitantes de um mesmo Estado que nem sempre são caracterizados como “guerra” devido à sua dimensão ou motivos. Por isso, costuma-se observar três características principais para caracterizar um conflito nacional de “guerra civil”: primeiro e bastante óbvio, a guerra civil deve ser uma “guerra”, ou seja, é necessário que haja luta armada; em segundo lugar o conflito deve ser de caráter “civil”, o que não significa que as forças armadas do país em guerra não estejam envolvidas, mas que o conflito tem forte participação popular, ocorre dentro das fronteiras de um país e grande parcela de seus habitantes está diretamente envolvida na luta armada; e em terceiro lugar, o conflito tem sempre como objetivo a aquisição, manutenção ou exercício da autoridade nacional.Segundo alguns autores as guerras civis ocorrem predominantemente em países que têm sua economia baseada na agricultura com exportação de cerca de 1/3 de seus recursos naturais. Outro fator que contribuiu (e, em alguns lugares, contribui) para a ocorrência de guerras civis é a forma como ocorreu a colonização e independência de alguns países, onde o que restou após a independência foi a instabilidade política de diversas parcelas da população, seja separadas em tribos, religiões ou etnias diferentes, disputando o poder.De fato a instabilidade política é determinante para a maior ou menor probabilidade de ocorrência de guerras civis. Países com governos autoritários, ou com oscilações constantes e/ou profundas do quadro político (golpes, insurgências, etc.) são, historicamente, locais de conflitos civis.

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