No campo econômico, Getúlio Vargas avançou no controle
estatal das atividades ligadas ao petróleo e a combustíveis por meio da criação
do Conselho Nacional do Petróleo, em 1938. Estimulou a indústria de base com a
fundação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) de Volta Redonda, no Rio de
Janeiro, em 1941, e obteve financiamento norte-americano para instalação da
Fábrica Nacional de Motores, no Rio de Janeiro, em 1943. Inaugurou, também, a
Companhia do Vale do Rio Doce, com o fito de explorar minérios. A fim de
contribuir com a formação de mão-de-obra especializada para o setor industrial,
instalou o Serviço Nacional da Indústria (Senai), em 1942, e o Serviço Social
da Indústria (Sesi), em 1943.
Convém assinalar a diminuição da influência inglesa na
economia nacional durante o período varguista, sendo essa substituída pela
presença crescente do capital norte-americano. Houve significativo crescimento
no número de indústrias nacionais durante o período da II Guerra Mundial,
favorecidas pelas dificuldades de exportar bens maquinofaturados. Fenômeno
semelhante já havia sido observado durante a I Grande Guerra, mas dessa vez foi
mais expressivo.
Cumpre lembrar, ainda acerca da economia nacional, a substituição
dos velhos mil-réis pelo Cruzeiro, fato ocorrido em 1942.
Por fim, convém esclarecer, que os direitos
trabalhistas de que muito se vangloriam os varguistas ficaram restritos aos
trabalhadores urbanos. A estrutura fundiária brasileira, causa de boa parte de
nossas problemas ainda hoje, permaneceu inalterada durante todo o governo
Vargas. Ele limitou-se a transferir capitais para as indústrias, mantendo a
exploração secular dos trabalhadores rurais.
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