Antes da independência dos EUA e da Revolução francesa ocorreu a maioria das rebeliões coloniais no Brasil. A inconfidência mineira (1788 – 1789) foi influenciada pela independência dos Estados Unidos e motiva da pelos problemas locais, a conjuração baiana foi influenciada pela fase mais radical da revolução francesa.
Os principais fatores de rebeliões na colônia foram a escravidão e as restrições mercantilistas.
O mercantilismo iniciou-se a partir de 1640 com a restauração. O que marca esse período é a exploração e opressão colonial que aconteceu no século XVIII, com a mineração. A medida que se intensificava a opressão e a exploração, as rebeliões tinham tendência de se radicalizarem à violência.
Com a vinda da família real para o Brasil tudo mudou. D. João VI enfrentou a revolução de 1817 em Pernambuco e em 1820 a Revolução Liberal do porto. D. João em 1821 teve que voltar a Portugal.
A declaração de independência do Brasil ocorreu como reação à tentativa de recolonização pelas cortes de Lisboa. Sob a liderança de D. Pedro e José Bonifácio a independência também foi uma estratégia das camadas dominantes contra a ameaça de ascensão popular.
Primeiro Reinado e regência
o processo de independencia do brasil começou em 1808 com a chegada da família real e se consolidou com a abdicação de D. Pedro I em 1831.
A luta pela independência ganhou forma de conflito entre Brasileiros e portugueses, ocultando as diferenças e semelhanças entre os brasileiros e com os portugueses.
Brasileiro e portugueses das camadas superiores aliaram-se a D. Pedro, porém quando conquistou a independência se separou da elite política brasileira caminhando para o absolutismo. A noite das garrafadas representa o auge do conflito com o imperador e o agravamento dos confrontos levou D. Pedro a abdicar.
No centro–sul do Brasil atuava a mais poderosa elite econômica e politica já o nordeste era o importante polo algodoeiro com base de federais liberalistas.
Os liberais radicais existiam entre a camada popular da cidade, porém um radicalismo maior, antiescravista, existia apenas entre africanos e afrodescendentes.
Os liberais moderados e parte dos farroupilhas ou exaltados uniram-se para realizarem reformas federatistas e descentralizadoras do poder político, e conseguiram aprovar a reforma do Código de Processo Criminal (1832) e o Ato Adicional (1834).
Feijó foi a figura central do período regencial, entretanto fracassou no combate às rebeliões do Período, a regência acabou com o triunfo dos conservadores ou regressistas.
A Cabanada, a Farroupilha, o Levante de Malê, a Sabinada e a Balaiada foram as principais rebeliões do período regencial.
O Segundo Reinado
Havia um grande contraste entre a elite governante e o resto da população. O apadrinhamento e as relações de favor eram praticas dominantes na política e na sociedade. O poder moderador, o conselho de estado, o Gabinete Ministerial, o Senado e a câmara dos Deputados eram as principais instituições políticas. O poder Moderador era o principal alvo da crítica liberal.
Os conservadores e os liberais saiam do mesmo grupo social, porém os conservadores eram mais coerentes e coesos por isso permaneceram no poder por muito mais tempo. Com o fim dos conservadores iniciou- se um movimento de reforma liderada pelos liberais.
A lei do ventre livre, e os Sexagenários foram as estratégias do governo imperial para resistir às pressões. Após a guerra do Paraguai trouxe os militares à cena política.
O estado imperial e os monarquistas conservadores enfrentaram e perderam a disputa política com os liberais, militares positivistas, republicanos e abolicionistas.
Com o crescimento do movimento abolicionista, o império ficou sem saída, por consequência ocorreu a Lei Áurea em 1888 determinando o fim da monarquia.
A economia no segundo reinado

A economia cafeeira foi o fator de estabilidade política do segundo Reinado. O maior produtor foi o vale do paraíba e posteriormente o Oeste Paulista.
A economia cafeeira foi um importante fator de modernização da economia.
Mauá, por seus empreendimentos, tornou-se o símbolo do processo de modernização. A persistência da estrutura colonial, em especial a escravidão, constituiu um ponto de fragilidade do desenvolvimento econômico.
Da escravidão ao trabalho livre
O movimento abolicionista começou a partir dos centros urbanos e encontrou apoio no nordeste, onde em razão da decadência econômica o numero de escravos estava diminuindo. Diante da inevitável abolição, o império optou por abolir gradualmente: primeiro pela Lei do Ventre Livre, depois pela Lei Saraiva-Cotegipe ou Lei Sexagenária.
Os abolicionistas intensificaram as pressões até que a escravatura tornou-se um fato inevitável de acontecer, comprovado pela Lei Áurea em 1888. Durante esse período a economia cafeeira cresceu, mesmo com os problemas da mão-de-obra.
A solução foi através da imigração. O comercio interprovincial de escravos além de não resolver o problema, ainda agravou a situação econômica no nordeste, principal centro de exportação de escravos.
Prevendo o abolicionismo, os ricos donos de terras trataram de se precaverem com a Lei de Terras, que tinha o objetivo de reservar as propriedades apenas aos ricos. Com isso, mantinham os pobres disponíveis como mão de obra aos fazendeiros.
Com a chegada dos imigrantes, principalmente italianos, os fazendeiros implantaram um regime de colonato, ou seja, pagamento fixo no cafezal, e pagamento variável de acordo com a colheita.
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